Ex-advogado de Lula não poderá participar de decisões envolvendo seus ex-clientes
O ex-advogado do petista Lula, Cristiano Zanin Martins, tomará posse como ministro do Supremo Tribunal Federal no dia 3 de agosto. A partir daí, quem assumirá o escritório será sua esposa, a também advogada Valeska Teixeira Zanin Martins.
O escritório tem 19 ações de clientes tramitando no STF, quem ficará responsável por eles será Valeska e o novo ministro ficará impedido legalmente de atuar nesses casos.
Zanin também está impedido de participar dos julgamentos dos 143 processos dos quais ele era advogado, caso cheguem até a Suprema Corte.
Os casos envolvendo Lula também não poderão ser avaliados e votados pelo novo ministro. Todavia, casos de outros investigados pela Operação Lava Jato poderão cair em suas mãos, a menos que a parte interessada requeira a suspeição de Zanin.
É isso que acontece, por exemplo, no processo em que a defesa de Lula declara que o ex-juiz, e atual senador, Sergio Moro (União Brasil-PR), foi imparcial para julgar Lula. Zanin renunciou ao caso na última quinta-feira (22), após passar pela sabatina no Senado Federal.
As ações que estão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pedem a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro também foram renunciadas pelo ex-advogado de Lula.