‘Mudar de opinião não é contradição’, diz Ciro Nogueira ao tomar posse

Novo ministro-chefe da Casa Civil jurou lealdade a Jair Bolsonaro e defendeu o ‘equilíbrio’: ‘Meu nome é temperança’

Ao tomar posse como novo ministro-chefe da Casa Civil nesta quarta-feira, 4, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) defendeu o “equilíbrio” entre os Poderes, prometeu ajudar o presidente Jair Bolsonaro a superar as dificuldades em meio à pandemia de covid-19 e disse que “mudar de opinião” é saudável.

Antigo aliado e apoiador entusiasmado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Nogueira apoiou a candidatura do petista Fernando Haddad no segundo turno das eleições presidenciais de 2018. O agora chefe da Casa Civil já criticou Bolsonaro, chamando-o de “fascista” e “preconceituoso” em vídeo que viralizou nas redes sociais.

“Mudar de opinião não é contradição, desde que seja para melhor”, afirmou Nogueira. O novo ministro aproveitou o pronunciamento para jurar lealdade a Bolsonaro até o fim do governo e se comparou a um “amortecedor”. “Conte sempre com este amortecedor para um ambiente muitas vezes agitado dos novos tempos”, brincou o senador. “Eu quero contribuir tal qual aquele equipamento, que pode estabilizar, diminuir as tensões, ajudar para que esta viagem seja mais serena, estável e confortável para todos. Meu nome é temperança, meu sobrenome tem de ser equilíbrio.”

Ciro Nogueira também fez questão de manifestar seu compromisso com a defesa da democracia. “Com a minha presença, me somando à equipe de seus ministros e ministras, nós vamos ajudar o Brasil a dar os sinais certos para onde nós estamos indo. O primeiro deles, senhor presidente, e que não tenham dúvida: a democracia é líquida e certa. Difícil por natureza, mas é a coisa certa”, afirmou.

A cerimônia de posse de Nogueira movimentou Brasília e contou com a presença de diversas lideranças políticas, entre as quais o vice-presidente Hamilton Mourão; o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP); o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ); o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), entre outros.

Fonte: Revista Oeste

COMPARTILHAR