Após entrevista ao site de ultra-esquerda Brasil 247, o Ministério Público Federal pediu a prisão preventiva do hacker Walter Delgatti Neto.
Ele é acusado de roubar dados de celulares de autoridades, entre elas, o ex-juiz Sergio Moro e integrantes da Lava Jato.
Na entrevista, Delgatti acusava o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, de ser o conselheiro do procurador Deltan Dallagnol.
No ofício em que pede a revogação das medidas cautelares e a decretação de nova prisão preventiva de Delgatti Neto, o Ministério Público argumenta que o hacker vem descumprindo uma das medidas cautelares, ou seja, a proibição de acesso e uso da internet.
Segundo a procuradora Melina Castro Montoya Flores, no último dia 16, Delgatti concedeu uma entrevista a um canal no YouTube sob o argumento de que o acesso à internet foi realizado pelo advogado, a partir do escritório de advocacia.
“Tal argumento não pode ser aceito. É um jogo de palavras na tentativa de afastar violação da medida cautelar acima descrita ao afirmar que o réu não está usando o que está usando”.
O hacker foi preso pela Polícia Federal em julho de 2019, no âmbito da Operação Spoofing. Delgatti Neto admitiu à PF que entrou nas contas de autoridades e que repassou mensagens ao blog de esquerda The Intercept Brasil.