Motorista de carro alegórico mentiu em depoimento à polícia

Segundo delegada, havia várias crianças sobre veículo, não apenas Raquel

O motorista do carro alegórico que imprensou e matou Raquel Antunes, de 11 anos, mudou o seu depoimento à polícia após contradição. Segundo a delegada responsável pelo caso, Maria Aparecida Mallet, o condutor disse que não havia visto nenhuma criança a não ser Raquel brincando próximo à alegoria. As imagens da câmera de segurança e testemunhas, entretanto, mostraram que havia várias crianças no carro, não apenas Raquel.

Segundo informações do jornal O Globo, o coordenador de dispersão da Liga Independente do Grupo A, José Crispum Silva Neto, relatou às autoridades que Raquel foi a única das cinco crianças que não conseguiu pular de cima do carro alegórico quando o motorista, que não identificado, iniciou o reboque do veículo.

Ainda de acordo com José, pessoas no entorno chegaram a gritar para o condutor parar, pois havia “criança em cima do carro”.

Conforme o portal G1, a delegada considera que ainda é cedo para apontar culpados, e o caso segue sendo investigado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

O carro abre-alas da escola de samba Em Cima da Hora foi apreendido pela Polícia Civil.

RAQUEL ANTUNES

No acidente, Raquel teve as pernas prensadas contra um poste, e precisou ter uma delas amputada em complexa cirurgia de 6 horas, na última quinta-feira (21). A menina ainda sofreu trauma no tórax e parada cardíaca.

Nesta sexta-feira (22), a criança teve uma hemorragia interna e não resistiu, indo à óbito. O velório ocorrerá por volta das 13h deste sábado (23), no cemitério do Catumbi, no Centro do Rio.

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