Morre o cartunista Paulo Caruso, aos 73 anos

Artista era conhecido por fazer charges no programa Roda Viva

O cartunista Paulo Caruso morreu neste sábado, 4, aos 73 anos, em São Paulo. Entre outros trabalhos, o artista era conhecido por fazer caricaturas no programa Roda Viva, da TV Cultura. Ele estava internado no Hospital 9 de Julho, no centro da capital. Caruso lutava contra um câncer.

Cartunista, caricaturista e chargista, Caruso esteve no Roda Viva desde 1987, emprestando seu talento às milhares de entrevistas no programa da TV Cultura. Com suas caricaturas e charges, Caruso faz parte da história política e social do Brasil.

Paulo Caruso recebeu vários prêmios, como o de melhor desenhista, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, em 1994. Por sua habilidade para a sátira e para a caricatura, aliada à numerosa produção, sua obra é das mais conhecidas do país.

O artista participou do Roda Viva pela última vez no dia 16 de janeiro, remotamente. Na ocasião, o programa recebeu o escritor, cientista político, jornalista e editor Jorge Caldeira.

Biografia de Paulo Caruso

Ilustrador, chargista e músico, Paulo José Hespanha Caruso, o Paulo Caruso, nasceu na capital paulista em 6 de dezembro de 1949. É irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista.

Cursou arquitetura na Universidade de São Paulo no início dos anos 1970, mas não exerceu a profissão. Paulo Caruso começou a vida profissional no Diário Popular no fim da década de 1960 e também colaborou com os jornais Folha de S.Paulo e Movimento.

Nos anos 1970, foi para O Pasquim, ao lado de Millôr Fernandes (1923-2012), Jaguar e Ziraldo. A partir de 1988, publicou, na revista Istoé, a coluna de humor Avenida Brasil, com textos de humor retratando vários momentos da história política do país.

Em 1992, lançou o livro Avenida Brasil, em que reuniu centenas de charges políticas, publicadas em jornais e revistas. O principal foco, na época, era o presidente Fernando Collor de Mello. Também é autor de As Origens do Capitão Bandeira (1983), Ecos do Ipiranga (1984), Bar Brasil na Nova República (1986) e A Transição pela Via das Dúvidas (1989).

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