Senador também afirmou que a ação da PF foi um “presente de aniversário indigesto”
Após ser alvo de operações de busca e apreensão da Polícia Federal (STF), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve ter se sentido afrontado por sua atuação na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8 de janeiro. Do Val apresentou um requerimento de convocação do magistrado.
Em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (15), o senador comentou o fato de a ação ter ocorrido no dia de seu aniversário.
“Foi um presente de aniversário meio indigesto. Quando eu convoquei a participação dele na CPMI ele, com certeza, se sentiu afrontado. Eu fiz esse requerimento porque, no relatório da Abin, está informando que o STF e o Superior Tribunal Eleitoral foram comunicados anteriormente que, no domingo dia 8, aconteceria aquele fato. Então, eu fiz a convocação para que ele pudesse fazer a explicação”, apontou.
Após autorização de Moraes, os agentes da PF estiveram em endereços ligados ao senador, incluindo o seu gabinete no Congresso Nacional, seu apartamento funcional em Brasília e sua casa em Vitória, no Espírito Santo (ES).
Do Val é investigado por uma suposta tentativa de obstruir o inquérito que investiga os atos de 8 de janeiro. A PF investiga também se o senador teria armado uma trama contra Moraes e busca penalizá-lo por publicações feitas em suas redes sociais sobre o ministro. A corporação chegou a pedir a prisão do senador, mas o magistrado negou.
O senador também explicou que não pretende ir depor à PF.
“Não vou dar depoimento hoje e não sei se vou dar na semana que vem porque a Advocacia do Senado, o Senado Federal se sentiu invadido, porque o celular que eles apreenderam não é meu, é do Senado Federal e o número é do Senado Federal, onde tem conversas com senadores da República. Todos os senadores da República estão expostos à informações que são ligadas a área de inteligência”, ressaltou.