Ex-candidato a vereador em Belo Horizonte, Ivan Rejane Fonte Boa Pinto havia sido detido pela Polícia Federal na última sexta-feira
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou nesta terça-feira, 26, pedido da Polícia Federal para prorrogar a prisão de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, homem que compartilhou ameaças contra ministros da Corte e Lula (PT) nas redes sociais.
A prorrogação de cinco dias começa a valer nesta terça-feira. Moraes alegou que a decisão “mitiga as oportunidades de reações indevidas e impede a articulação com eventuais outros integrantes da associação, que obstruam ou prejudiquem a investigação”.
Em seu pedido, a Polícia Federal argumentou que o pedido de prorrogação da prisão se deu porque o “material apreendido com o investigado está em fase de análise”.
Sobre a prisão – Ivan Rejane Forte Boa Pinto, 46 anos, foi preso em Belo Horizonte na última sexta-feira 22. O preso tentou ser vereador na capital mineira em 2020, com o nome “Ivan Papo Reto”, então pelo PSL, que hoje compõe o União Brasil — mas obteve apenas 189 votos.
Além da prisão, Alexandre de Moraes determinou a busca e apreensão de “armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos” em poder de Ivan Boa Pinto. O ministro também solicitou que o Twitter, o YouTube e o Facebook bloqueiem os perfis do ex-candidato, além de pedir que o Telegram bloqueie um grupo administrado pelo investigado.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, citado na decisão de Moraes, Ivan Boa Pinto afirmou que Lula deveria andar com segurança, porque ele iria “caçar” o ex-presidente e os deputados federais Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Marcelo Freixo (PSB-RJ).
Na mesma gravação, Ivan também diz que vai “caçar” ministros do STF e cita os nomes de Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Luiz Edson Fachin, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.