Moraes ordena que redes sociais terão de enviar à PGR posts de Jair Bolsonaro

O ministro solicitou o envio de publicações do ex-presidente sobre o STF, TSE e Forças Armadas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta quinta-feira (10), que as redes sociais compartilhem com a Procuradoria-Geral da República (PGR) todas as publicações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tenham relação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as Forças Armadas, as eleições e o próprio STF.

A ordem foi dada na investigação sobre os autores intelectuais dos atos do dia 8 de janeiro. Moraes mandou notificar Instagram, LinkedIn, TikTok, Facebook, Twitter e YouTube.

As plataformas também devem informar se “extremistas” denunciados por envolvimento nos protestos violentos seguem ou seguiam o ex-presidente nas redes sociais. Também, se compartilharam publicações de Bolsonaro com “ataques” [críticas] ao sistema eleitoral.

O ministro despachou a pedido da PGR. O órgão busca entender o alcance das publicações de Bolsonaro expondo suas suspeitas sobre as urnas e as instituições.

Ao atender o pedido, Moraes justificou que as garantias individuais não podem servir como “escudo” para a prática de crimes.

“Imprescindível a realização das diligências requeridas pela PGR, inclusive com a relativização excepcional de garantias individuais”, escreveu.

TSE decide multar Bolsonaro por propaganda irregular

Bolsonaro foi incluído no rol de investigados do inquérito porque publicou, no dia 10 de janeiro, um vídeo com questionamentos sobre o resultado da eleição. A postagem foi apagada horas depois. Em depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente disse que estava sob efeito de remédios e que a publicação foi acidental.

Sem se referir diretamente ao ex-presidente, Moraes já escreveu diversas vezes em seus despachos sobre o 8 de janeiro que autoridades coniventes e omissas serão responsabilizadas pelos atos denominados “golpistas”.

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