Moraes autoriza saída de Roberto Jefferson para exames em hospital

Segundo a médica particular, ele apresenta sintomas de início de trombose e precisa fazer exames em unidade hospitalar adequada

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira, 18, a saída imediata e temporária do ex-deputado Roberto Jefferson da prisão para a realização de exames no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.

O magistrado atendeu a um pedido da defesa de Jefferson que cobrava a transferência dele para o hospital “sob pena de agravamento irreversível do seu estado de saúde, que poderá resultar em risco de morte”.

Segundo a decisão, Jefferson deverá ser acompanhado por escolta e retornar ao estabelecimento prisional após a realização dos exames apontados como necessários por sua médica particular.

Moras determinou ainda que, durante os procedimentos, é permitido contato somente com a equipe médica e de enfermagem.

O ministro também pediu que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro informe se o hospital penitenciário tem capacidade de tratar Roberto Jefferson.

Recentemente, o sistema penitenciário estadual havia informado ter condições de realizar o tratamento. Mas, em nova petição, a defesa de Jefferson requereu sua transferência para o Hospital Samaritano.

Segundo a médica particular, ele apresenta sintomas de início de trombose, circunstância que exige a realização de exames em unidade hospitalar adequada.

Ontem, a esposa de Roberto Jefferson, Ana Lúcia, pediu que seu marido fosse transferido para o hospital. “Acabei de receber uma ligação da médica informando que o D-dímero dele está altíssimo”, disse. “Ele não pode ficar naquele presídio. Ele está correndo risco de vida”.

O D-dímero é um exame médico. A sua dosagem é utilizada como auxiliar no diagnóstico ou para afastar a hipótese de doenças ou quadros trombóticos, que é a produção de coágulo no sangue das pessoas.

Jefferson está preso desde 13 de agosto do ano passado. A ordem foi dada dentro do chamado “inquérito da milícia digital”, que é uma continuidade da investigação que apura supostos atos antidemocráticos.

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