Miriam chama atenção para o fato de Lula ter desrespeitado o “princípio da impessoalidade”
Ninguém pode criticar o ‘Grande Irmão’ como numa fábula orwelliana para os petistas, Lula não pode ser criticado. Nunca.
O irônico é que a vítima da turba socialista dessa vez é esquerdista Miriam Leitão.
A panfletária comentarista ousou opinar criticamente sobre a indicação do advogado e amigo pessoal de Lula, Cristiano Zanin, para o STF. Pronto, foi o que bastou para Leitão se tornar alvo de xingamentos por lulistas e ficar entre os assuntos mais comentados nas redes sociais.
Os ataques em massa nas redes sociais começaram logo após a publicação de sua coluna no jornal O Globo.
Miriam chama atenção para o fato de Lula ter desrespeitado o “princípio da impessoalidade”.
Num raro pico de lucidez, ela descreve assim a decisão:
“Mas a escolha do advogado pessoal a quem Lula tanto deve, é precedente perigoso para a democracia brasileira. Zanin provou ser um excelente advogado (…) Mas Zanin é advogado pessoal, tirou Lula da prisão e agora ele está na presidência. Isso quebra um dos princípios mais caros da administração pública: o da impessoalidade. Essa escolha, Lula não faz como presidente, mas como Luiz Inácio. É personalíssima”.
E, claro, foi massacrada por isso – mas fica pior, Lula também ignorou o “principio da moralidade na administração publica”.
Agora fica a pergunta para Miriam Leitão e todos seus coleguinhas de Globonews, como cobrar impessoalidade e moralidade na gestão publica de uma figura que comandou o maior esquema de corrupção da história do Ocidente? Essa decisão é mais um murro no peito dos brasileiros.
Por Eduardo Negrão | Consultor político e autor de “Terrorismo Global” e “México pecado ao sul do Rio Grande” ambos pela Scortecci Editora.