Ministro derruba narrativa: “Este governo está no trigésimo mês sem nenhum caso de corrupção e vai continuar assim”

“Quanto mau tentou o deputado Luiz Miranda construir hoje, contra o Sr. Jair Messias Bolsonaro. Quero lembrara que este governo está no trigésimo mês sem nenhum caso de corrupção e assim continuará, pois que gostem ou não, nós somos muito diferentes deles”

Com esta frase, o ministro chefe da Casa Civil da Presidência da República iniciou uma entrevista coletiva para desmascarar as afirmações feitas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), de que teria levado provas ao presidente de supostas irregularidades na aquisição da vacina Covaxin. Tais documentos teriam sido repassados por seu irmão, funcionário do ministério da Saúde. Miranda e o irmão irão depor na CPI, no senado federal, na próxima sexta-feira (25).

Na coletiva, Ônix explicou que a empresa indicada pela empresa importadora brasileira Precisa Medicamentos, a Madison Biotech, a qual Miranda acusa de ser uma atravessadora na compra da vacina Covaxin, [e, na verdade, a subsidiária responsável pelo comércio internacional da farmacêutica indiana Bharat Biotech, fabricante do antídoto.

O ministro da Casa Civil mostrou ainda uma nota fiscal, que teria sido levado a Jair Bolsonaro pelo deputado e seu irmão, em que afirmavam haver provas de superfaturamento, e o comparou a outro, o original, também apresentado por Ônix na entrevista, com informações diferentes.

Ônix Lorenzoni lamentou o fato da grande mídia insistir e acatar narrativas mentirosas como essa, ditas por qualquer pessoa, sem filtros ou análises, sempre com o objetivo de afetar a imagem do presidente, fazendo-o parecer semelhante a outros que passaram pela presidência em anos anteriores. “Quero alertar o deputado Luis Miranda que o que foi feito hoje, no mínimo, é denunciação caluniosa e isso é crime tipificado no código penal”

, disse Lorenzoni, esclarecendo três pontos sobre as acusações de Miranda. “Não houve favorecimento a ninguém e essa é a prática desse governo; não houve sobrepreço; não houve compra alguma ou dinheiro que tenha sido despendido pelo caixa do Tesouro Nacional ou pelo ministério da Saúde … o presidente da República determinou que a Polícia Federal abra uma investigação sobre as afirmações do deputado Luiz Miranda, sobre as atividades do seu irmão, servidor público do ministério da Saúde”,

O ex-secretário executivo do ministério da Saúde, coronel Élcio Franco apresentou ainda todos os documentos oficiais, trocados entre o Brasil e a India, desde o dia 8 de janeiro de 2021, na negociação (ainda em curso) de compra da Covaxin, permitindo à imprensa o acesso às cópias, a fim de esclarecer toda e qualquer dúvida e derrubar a narrativa de Luis Miranda.

Entre os pontos esclarecidos por Franco, que a antecipação de fechamento de contrato de intenção de compra da Covaxin, antes da liberação definitiva pela Anvisa, não foi uma exclusividade, como tem afirmado a imprensa e parlamentares de oposição, sendo que o mesmo padrão foi utilizado nas compras da Coranavac e da vacina da Pfizer.

Elcio apresentou notas da Biotech com os valores originais do medicamento, de 15 dólares, comprovando que não havia um sobrepreço incluído por atravessadores, e que a compra por meio de um representante oficial em território nacional é uma exigência da própria Anvisa, o que ocorreu em todos os contratos com antídotos já utilizados por aqui, como o do Butantan, o da Fiocruz, o da Pfizer e o da Jansen.

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