Ministro de Lula diz que chamar Hamas de terrorista ‘cabe à ONU’

Governo vem sendo criticado por postura adotada no que tange à guerra em Israel

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, reafirmou, na tarde desta quarta-feira (11), em entrevista à GloboNews, que compete à Organização das Nações Unidas (ONU) a definição do Hamas como grupo terrorista.

Segundo ele, o Brasil continuará se abstendo de classificar o Hamas desta forma, e o governo seguirá condenando qualquer ato de violência contra civis.

“O Brasil sempre acompanhou a posição do Conselho de Segurança da ONU. Nós não vamos mudar essa compreensão”, disse, classificando o recente conflito como uma “situação específica” que não justifica classificar o Hamas como um grupo terrorista.

“Nossa preocupação hoje é ajudar a promover a paz”, afirmou o ministro de Lula.

Na manhã desta quarta, o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, secretário da África e do Oriente Médio, disse que uma possível classificação do Hamas como “grupo terrorista” pelo Brasil será debatida no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Condenamos desde o primeiro momento todo ato de violência contra civis”, pontuou, dizendo que a posição do Brasil, acompanhando a ONU, ajuda a promover a paz.

Segundo ele, a prioridade do governo é “garantir a vida e o repatriamento de cidadãos brasileiros na Cisjordânia e na Faixa de Gaza”.

O esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem sendo criticado por falta de uma posição e condenação enfática do governo federal contra o grupo terrorista.

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