Assim que teve uma chance, o ministro da Justiça, Flávio Dino, correu para o seu estado, o Maranhão, para pular o carnaval.
Foi lá que Dino recebeu votos para deputado federal, cumprindo mandato entre 2007 e 2011, e que contou ainda com a confiança do eleitor para assumir o governo estadual, por dois mandatos consecutivos, entre 2015 e 2022.
O político ainda foi eleito mais uma vez, no último pleito, agora para o Senado Federal, cargo que tomou posse, mas do qual segue licenciado, exigência para que ocupe a cadeira ministerial.
Uma carreira política de sucesso, dirão muitos, mas que fica na narrativa e cai por terra, a partir do momento em que observamos o Índice de Desenvolvimento Humano do estado maranhense (IDH – 0,687), o segundo pior do país, com dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil baseados no Pnud Brasil, Ipea e FJP, 2022.
Já são, portanto, quase 16 anos a serviço do povo do Maranhão, 8 no cargo máximo de governador e nada, absolutamente nada de avanços podem ser incluídos em seu currículo.
É o retrato, por exemplo, de países que tem em sua base ideológica e nas práticas políticas o socialismo e o comunismo, como Cuba e Venezuela, que além de não avançarem no tempo, ainda regridem assustadoramente, levando o povo a se perpetuar na miséria.
Mas para o juiz, deputado, governador, senador e ministro, está tudo bem, pois é carnaval.
Flávio Dino postou uma foto de sua folia no próprio Instagram e escreveu: “Feliz em participar hoje do carnaval na Praia Grande, no bloco Os Comunas. Homenageio mais uma vez, e sempre, os artistas do Maranhão”.
Na imagem, ele veste a tradicional camisa vermelha e ainda enverga o velho boné com a estrela comunista, no estilo de Che Guevara e de Fidel Castro, muito provavelmente seus ídolos.
O ministro da Justiça é comunista, sinal de que o ex-presidiário que o escolheu compactua de suas ideias e métodos.
Resta saber se o povo maranhense está feliz e se contenta com tão pouco… afinal, o carnaval acaba na próxima quarta-feira de cinzas, ao meio dia, e com o fim da folia, volta a dura realidade.
Dino já estará em seu gabinete confortável com vista privilegiada da Esplanada dos Ministérios… aquele mesmo do qual olhou pela janela em 8 de janeiro, e fingiu que nada viu.