Índia negou envio imediato de 2 milhões de doses e vacina chinesa entrou na mira
O Governo Federal solicitou na tarde desta sexta-feira, 15, que o Instituto Butantan entregue de forma imediata 6 milhões de doses da CoronaVac, vacina de tecnologia chinesa contra a Covid-19 desenvolvida pelo órgão em São Paulo, para agilizar a logística de distribuição do imunizante no país.
“Solicitamos os bons préstimos para disponibilizar a entrega imediata das 6 milhões de doses importadas e que foram objeto do pedido de autorização de uso emergencial perante a Anvisa”, diz trecho do ofício assinado pelo diretor do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, e endereçado ao diretor do instituto, Dimas Covas.
“Ressaltamos a urgência na imediata entrega do quantitativo contratado e acima mencionado, tendo em vista que este Ministério precisa fazer o devido loteamento para iniciar a logística de distribuição para todos os estados da federação de maneira simultânea e equitativa”, reforça o documento.
A solicitação afirma que as doses farão parte do Plano Nacional de Operacionalização da vacinação assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceder o uso emergencial do imunizante. Os documentos com detalhes dos testes da vacina são analisados e uma decisão sobre o uso emergencial da CoronaVac está prevista para o dia 17 de janeiro. Apesar da solicitação imediata, o documento do Ministério da Saúde não dá um prazo para que o Instituto Butantan entregue as vacinas.
A solicitação foi realizada horas após o governo da Índia negar a entrega imediata de um lote de imunizantes da Oxford/AstraZeneca ao Brasil, o que frustrou uma operação montada para buscar o material no país asiático ainda neste fim de semana.