Ditador da Venezuela está no Brasil para encontro com Lula e presidentes ligados ao bloco de extrema esquerda Unasul
Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) foram criticados nesta segunda-feira, 29, por aparecerem em uma foto batendo continência ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. Uma foto tirada na noite de ontem, quando o chavista chegou à Base Aérea de Brasília, mostra a guarda de honra da FAB recepcionando Maduro.
A recepção gerou uma onda de críticas nas redes sociais, sobretudo no Twitter. O assunto “Venezuela” chegou aos trending topics da rede social. “Já estão acostumados a bater continência para bandido”, tuitou um internauta. “Militares melancias prestando honras a Maduro”, escreveu outro. “Que vexame as nossas Forças Armadas se prestarem a esse papel”, queixou-se uma pessoa.
Às 10 horas, Maduro e Lula se encontraram no Palácio do Planalto. Ao meio-dia, ambos almoçarão no Itamaraty. Trata-se da primeira vez que o chavista visita o Brasil, desde que foi impedido de entrar no país pelo então presidente Jair Bolsonaro, em 2019.
Na terça-feira 30, Maduro e Lula se reunirão com outros nove presidentes sul-americanos para o encontro da Unasul, criada em 2008 — Dina Boluarte, do Peru, não participará, por causa de impedimentos constitucionais. Lula diz querer propor aos líderes a criação de um “novo mecanismo de integração”.
“Agradeço a calorosa acolhida com que fomos recebidos em Brasília, capital da República Federativa do Brasil”, escreveu Maduro, no Twitter. “Nas próximas horas, estaremos desenvolvendo uma agenda diplomática que reforce a necessária união dos povos de nosso continente.”
Maduro não pode entrar em todos os países. Há uma recompensa de US$ 15 milhões por sua captura. Segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos, Maduro tem ligações com tráfico de drogas.