Militantes Fulani têm deslocado estudantes de suas casas e os impedido de ir à escola durante os últimos sete anos.
Segundo os relatos do Presidente Nacional dos Estudantes de Irigwe, as autoridades nigerianas não estão protegendo o direito à educação das pessoas perseguidas no país.
“Mais de 500 estudantes estão fora da escola no condado de Kwall”, disse ele.
Nesse sentido, os funcionário da Irigwe Students, um grupo de pessoas fortemente perseguidas no estado de Plateau, na Nigéria, onde Kwall está localizado, disse que os militantes Fulani têm deslocado estudantes de suas casas e os impedido de ir à escola durante os últimos sete anos.
De acordo com ICC, a mídia e os governos tendem a concentrar a maior parte de sua atenção em organizações terroristas bem organizadas como Boko Haran e o Estado islâmico.
No entanto, as monitorias dos direitos humanos, incluindo a ICC, têm advertido durante anos que a militância Fulani representa uma ameaça muito maior para a população civil e uma ameaça particularmente perigosa para as comunidades cristãs.
Sendo assim, anos de violência sectária na Nigéria colocaram dezenas de milhares de famílias cristãs em ciclos de pobreza que não permitem o luxo de uma educação formal.
Além disso, a falta de segurança também é um problema enfrentado pelos cristãos nigerianos que tentam obter uma educação. Em 2014, Boko Haram raptou 276 meninas, na maioria cristãs, de uma escola em Chibok.
Por fim, quando mais 120 alunos foram sequestrados da escola Batista Belém em Kaduna, as autoridades fecharam treze escolas, na maioria cristãs, em resposta, citando temores de que eles poderiam ter sido o próximo alvo.