Menina morta pela mãe sofreu politraumatismo, diz atestado

Mulher afirma ter tirado a vida da filha de 11 anos a socos e chutes por ela ter mantido relações sexuais

O atestado de óbito da menina de 11 anos morta em Timbó, Santa Catarina, na quinta-feira (14), apontou que ela foi vítima de politraumatismo. Luna Nathielli Bonett Gonçalves tinha diversos sinais de violência no corpo, incluindo lesões internas no crânio, baço, pulmão, intestino e laceração nas partes íntimas. Em depoimento à polícia, a mãe afirmou ter matado a criança a socos e chutes depois de descobrir que ela se tornou “sexualmente ativa”.

“Alegou que o motivo seria que a menina tinha um relacionamento afetivo, em que ela teria se tornado sexualmente ativa, o que a mãe não aceitou e por isso agrediu a menina como forma de represália”, disse a Polícia Civil.

Incialmente, a mãe e o padrasto de Luna alegaram que ela havia caído de uma escada ao tentar resgatar um gato. Eles contaram que a menina permaneceu consciente e realizando suas atividades normalmente, até passar mal mais tarde.

Os bombeiros foram acionados e levaram a criança ao hospital, onde os médicos constataram que os ferimentos de Luna não eram compatíveis com uma queda de escada.

Devido à contradição, a polícia intimou o casal para um novo depoimento. Foi quando a mãe confessou o crime. O padrasto ficou em silêncio durante a oitiva. Ele possui passagens policiais por violência doméstica, dano, lesão corporal, estelionato e posse de drogas.

Ao investigar a casa, a perícia encontrou manchas de sangue perto do quarto de Luna, no sofá, em uma calça masculina, em uma toalha e uma fronha.

As autoridades investigam se houve crime contra a dignidade sexual da criança e qual seria o envolvimento do padrasto, de 41 anos, no crime.

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