Primeira gravidez ocorreu em janeiro de 2021 após a criança sofrer violência sexual
Uma menina de 11 anos moradora da zona rural de Teresina,no Piauí, foi novamente vítima de estupro e está grávida pela segunda vez.
Em 2021, ela engravidou após sofrer violência sexual
De acordo com a reportagem da Folha, a menina realizou o exame nesta sexta-feira,9, no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, na capital do estado.
O resultado apontou uma gestação de três meses
A primeira gravidez ocorreu em janeiro de 2021. À época, ela tinha 10 anos e engravidou após ser estuprada pelo primo de 25 anos em um matagal.
Na ocasião, a mãe não autorizou o aborto da filha, alegando que o médico apontará risco de morte na realização do procedimento de aborto. A menina também decidiu prosseguir com a gravidez. Na época, ela estava com quase 2 meses de gestação. O seu filho nasceu em setembro daquele ano.
Desde então, ela abandonou a escola e recusa ajuda psicológica. Recentemente, a menina passou a viver em um abrigo em Teresina. Foram os profissionais do local que desconfiaram da gravidez.
Segundo a conselheira tutelar Renata Bezerra, que acompanha o caso, a mãe não autorizou o aborto e, por isso, a interrupção da gravidez não foi realizada na maternidade Dona Evangelina Rosa.
A legislação brasileira permite o aborto em casos de estupro. A Justiça também autoriza o procedimento quando fica comprovado o risco de morte para gestante.
O crime está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. No entanto, suspeito do crime continua solto.
Se você presenciar um episódio de violência contra crianças ou adolescentes, denuncie o quanto antes através do número 100, que está disponível todos os dias, em qualquer horário, seja através de ligação ou dos aplicativos WhatsApp e Telegram.
O mesmo número também atende denúncias sobre pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, comunidade LGBT e população em situação de rua. Além de denúncias de discriminação étnica ou racial e violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais.
Também é possível denunciar casos de maus-tratos e negligência a crianças e adolescentes nos Conselhos Tutelares, Polícias Civil e Militar e ao Ministério Público, bem como através dos números Disque 181, estadual; e Disque 156, municipal.