Ministra informou que acionará Ministério Público contra Renan, por suposta apologia ao estupro, em vídeo de 2018
O coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, afirmou que irá acionar a Justiça contra a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, após ela anunciar que irá tomar providências acerca de um vídeo do grupo com suposta apologia ao estupro, feito em 2018.
Segundo Renan, a ministra faz uso da imagem dele e de sua colega, Bárbara Tonelli, para realizar “ataque político”.
“Tanto eu quanto a Bárbara Tonelli vamos processar a Damares Alves pelo uso da nossa imagem pra fazer ataque político. Essa sujeira não ficará impune”, declarou o ativista no Twitter, na tarde desta segunda-feira (13).
No vídeo em questão, Renan faz o que chamou de “piada infeliz” com a também integrante do movimento Bárbara Tonelli. Na ocasião, ele afirma que, caso eles fossem barrados na entrada de um bar, iriam estuprá-la.
“Eu falo, vocês repetem: nós, democraticamente, decidimos que vamos caminhar até o bar Violeta, que foi selecionado e negociado pela agente Bárbara Tonelli. Se não formos permitidos de entrar, a Bárbara será estuprada”, disse.
A própria Bárbara saiu em defesa de Renan, e ambos emitiram nota conjunta afirmando que “não há nada de ilícito ou criminoso nas brincadeiras feitas naquela noite”. No comunicado, eles afirmam que são amigos de longa data e que Renan se desculpou “prontamente”, após o ocorrido.
“Somos amigos há mais de sete anos. Nutrimos afeto e respeito mútuo. Jamais tivemos qualquer desavença por conta desse episódio, ocorrido há três anos, e seguimos amigos, por nos tratarmos de pessoas normais, que fazem piadas, erram e se arrependem”, diz a nota.
Depois da repercussão negativa do vídeo, a ministra Damares disse que acionou a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos e irá apresentar ao Ministério Público uma denúncia contra Renan, por suposta apologia ao estupro.
Renan, por sua vez, acusa a ministra de ser “oportunista” e de pagar de “moralista”.