María Corina será investigada por fraude, diz MP da Venezuela

Procurador-geral Tarek Saab deu declarações durante coletiva, nesta segunda-feira

O procurador-geral Tarek Saab, chefe do Ministério Público da Venezuela, anunciou uma investigação contra a ex-deputada María Corina Machado, por “fraude eleitoral”. Ele deu declarações em uma coletiva, nesta segunda-feira (29).

Segundo Saab, María Corina tentou “adulterar as atas” da disputa pela Presidência. Ele também associou a ex-parlamentar a um suposto ataque hacker aos sistemas do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). “Felizmente, essa ação não teve sucesso, mas atrasou o processo e o anúncio dos resultados” falou.

E acrescentou: “Queriam adulterar as atas”.

Na madrugada desta segunda-feira, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou a vitória do ditador venezuelano Nicolás Maduro, garantindo seu terceiro mandato consecutivo. No primeiro boletim oficial sobre o pleito, o órgão eleitoral afirmou que, com 80% da apuração total dos votos, Maduro tinha 51,2%, contra 44,2% do principal opositor, Edmundo González Urrutia.

Liderada por María Corina Machado e Urrutia, a oposição disse que não teve acesso às atas eleitorais e denunciou fraude, apontando que o Conselho Nacional Eleitoral é controlado pelo governo chavista.

Até o momento, nove países solicitaram uma reunião urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para debater as eleições venezuelanas. São eles: Uruguai, Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana.

Após pressão internacional e da oposição venezuelana, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro se pronunciou sobre as eleições no país vizinho. Na nota, emitida nesta segunda-feira, a pasta elogia o “caráter pacífico” com que o pleito foi conduzido neste domingo (28); contudo, afirma que só reconhecerá ou rejeitará o resultado após o CNE publicar as atas com os dados de cada mesa de votação.

Com informações da Revista Oeste

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