Ex-ministro do STF criticou ação contra empresários apoiadores de Bolsonaro
Marco Aurélio Mello, ex- ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a operação da Polícia Federal (PF) contra empresários que defenderam um suposto golpe de estado em um grupo de WhatsApp atenta contra a liberdade de expressão. Ele explicou que não é um saudosista do regime militar nem de qualquer qualquer regime de exceção, mas destacou que viver em uma democracia também envolve lidar com pessoas que pregam contra ela. As informações são do portal Poder360.
“Para defender a democracia, não podemos colocar em 3º plano a liberdade de expressão. Esses cidadãos sequer têm prerrogativa de serem julgados pelo STF”, afirmou.
Ele disse que deseja viver em um estado em que as ópticas diversificadas sejam respeitadas.
“Quero conviver em um Estado em que as ópticas diversificadas sejam respeitadas. Alguém pode preconizar uma revolução. Temos que ver a ressonância”, falou.
A operação da PF ocorreu após uma reportagem do site Metrópoles apresentar prints que seriam de conversas de grandes empresários brasileiros em um grupo de WhatsApp. De acordo com o colunista Guilherme Amado, entre os empresários presentes no grupo estavam Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, dono da marca de surfwear Mormaii.
A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra oito empresários.
Nas mensagens, eles teriam chegado a afirmar que “golpe foi soltar o presidiário” e que os atos marcados para o próximo 7 de Setembro estão sendo programados “para unir o povo e o Exército”.