Colunista do jornal carioca envolveu a igreja presidida por Malafaia em ato criminoso
O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, publicou uma notícia grave, neste domingo (24), envolvendo não apenas o pastor Silas Malafaia, mas a igreja na qual ele é o presidente, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec). De acordo com o jornalista, há registro no disque-denúncia do Rio de Janeiro de que o segurança de Domingos Brazão – acusado de ser um dos mandantes da morte de Marielle Franco – “recebia pagamentos da milícia em igreja de Malafaia”.
O líder religioso usou suas redes sociais para rebater a acusação feita por Lauro Jardim, e se referiu ao “jornalismo canalha de Lauro Jardim de O Globo”.
“Como é feito o jornalismo bandido para incriminar e denegrir pessoas. Segundo o disque-denúncia, Brazão recebia dinheiro de milícia em igreja de Malafaia. Só pode ser piada! Qualquer um pode falar o que bem entende no disque-denúncia. Prove! Sou odiado por muitos devido minhas posições contra essa cambada da esquerda. Sou pastor de mais de 60 igrejas na cidade do Rio de Janeiro, nunca soube que Brazão visitou qualquer uma delas”, declarou Malafaia em seu perfil na rede social X.
No mesmo post, o pastor não mediu palavras e subiu o tom contra o colunista e o jornal. “Jornalismo cretino de O Globo. Bandidos!”
Em seguida, Malafaia publicou outro post na mesma rede social, no qual complementou o que havia dito na publicação anterior.
“(…) Cada igreja paga segurança própria de policiais em culto. Dizer que segurança de Brazão recebia dinheiro de milícia em um dos templos de nossas igrejas é o absurdo dos absurdos! Se algum policial que presta serviço de segurança em nossas igrejas está envolvido com milícia, é problema dele! Só na igreja sede eu tenho mais de oito policiais que prestam serviço de segurança”, explicou.
Dezenove minutos depois, em uma terceira postagem sobre o assunto, Malafaia observou que Lauro Jardim tem o número de seu telefone particular, mas não o ligou porque o intuito seria manchar a imagem dele e de sua igreja.
“É assim que é feito o jornalismo bandido. Lauro Jardim tem meu telefone, como vários jornalistas de O Globo possuem. Por que não me perguntou nada sobre o assunto? O interesse é denegrir e ter vizualizações porque estou em evidência. Mais uma vez fica provado o jornalismo parcial de O Globo. Cambada de canalhas! O que tenho eu e as igrejas que possuímos com milícia? Absolutamente nada!”, concluiu.
De acordo com Lauro Jardim, “registros do ‘disque-denúncia’ do Rio de Janeiro usados na investigação do caso Marielle evidenciam o envolvimento de Robson Calixto (o Peixe), assessor de Domingos Brazão na Alerj e no TCE-RJ, com a atividade de milicianos. Robson foi um dos que intermediaram encontro entre os Brazão e Ronnie Lessa, assassino da vereadora, segundo as investigações”.
O colunista expõe a igreja presidida pelo pastor Silas Malafaia, envolvendo-a em ato criminoso.
“Esses relatos anônimos feitos à Polícia do Rio indicam que Robson era encontrado nos dias 15 e 30, todos os meses, em uma igreja evangélica de Silas Malafaia próxima à UPP da Taquara, na Zona Oeste, para receber a quantia arrecadada na região devida à milícia”, diz a matéria do jornal O Globo.