Mais um anestesista é preso por estuprar pacientes sedadas no RJ

Caso é similar ao do também anestesista Giovanni Quintella Bezerra, que foi preso em julho do ano passado

O anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, foi preso nesta segunda-feira (16), no Rio de Janeiro, acusado de estuprar ao menos duas pacientes sedadas durante cirurgias. O caso é similar ao do também anestesista Giovanni Quintella Bezerra, que foi preso em julho do ano passado e responde na Justiça por estupro de vulnerável.

No entanto, diferente de Giovanni, foi o próprio Andres Eduardo quem se gravou abusando das vítimas. Em um dos casos, ele esfregou e introduziu o pênis na boca de uma mulher e guardou o registro. A Justiça expediu um mandado de prisão e busca e apreensão contra ele por estupro.

Além do abuso contra as pacientes, Andres também é investigado por produzir e armazenar pornografia infantil em um inquérito remetido para a Vara Especializada em Crimes contra Criança e Adolescentes – a partir do qual a polícia descobriu os abusos. Atualmente, ele estava legalmente no país e com a documentação em dia.

As investigações que resultaram na descoberta dos crimes do colombiano foram realizadas pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), que contou com o apoio da inteligência da Polícia Civil. A apuração teve início em dezembro, a partir do compartilhamento de informações do Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da Polícia Federal (PF).

Na ocasião, a PF identificou a possibilidade de uma vasta movimentação de arquivos pornográficos em posse do anestesista e encaminhou o caso para a Polícia Civil. Após ser autorizada a quebra de dados no celular dele, foram encontradas mais de 20 mil mídias de abusos infantis. No entanto, entre os arquivos, também apareceram os estupros contra as pacientes sedadas.

“Quando vimos, logo de início, tratamos como casos de estupro, partindo do princípio de que ele mesmo teria produzido (…). Pelos metadados dos vídeos, certificamos a localização do suspeito no ato da gravação, identificando os hospitais e descobrindo os dias. Aí, partimos para a tentativa de descobrir as mulheres ali sedadas”, explicou o delegado titular da Dcav, Luiz Henrique Marques.

O primeiro caso ocorreu ainda em dezembro de 2020 no Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema, Região dos Lagos, durante a realização de uma cirurgia de laqueadura. Já o segundo foi em fevereiro de 2021 no Complexo Hospitalar Universitário Clementino Fraga Filho, o Hospital do Fundão, em um procedimento para retirada de útero.

A Polícia Civil agora deve seguir com a apuração para tentar encontrar possíveis novas vítimas do anestesista. A direção do Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth informou que colaborou com a polícia na investigação que levou à prisão do médico anestesista. Já o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho afirmou que Andres não atua na unidade desde 2021.

Fonte: Pleno News

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