Diretor da Human Rights Watch divulgou uma lista de desaparecidos
A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou, nesta terça-feira (13), que o número de detidos nos protestos ocorridos em Cuba “passa de 150”. A ONG exigiu o fim das violações aos direitos humanos no território cubano.
– A lista inicial de detidos nos protestos em Cuba passa de 150. Não se sabe o paradeiro de muitos deles. Exigimos o fim dessas violações aos direitos humanos. Protestar é um direito, não um crime – escreveu no Twitter o diretor da divisão das Américas da HRW, José Miguel Vivanco.
No domingo (11), milhares de pessoas saíram às ruas cubanas para exigir “liberdade”. Várias delas foram detidas, e alguns confrontos ocorreram após as declarações televisionadas do presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, que pediu para seus apoiadores defenderem a Revolução.
Vivanco divulgou uma lista de desaparecidos cuja autoria ele atribuiu à ONG Cubalex. Ao todo 171 pessoas foram reportadas como desaparecidas, das quais 17 já foram libertas ou encontradas. A lista inclui nome e sobrenome das pessoas, o local onde foram vistas pela última vez, a hora e a data da detenção, e o “último relato” sobre sua situação”.
Esses protestos, os maiores em Cuba desde o chamado “Maleconazo”, de agosto de 1994, ocorrem em meio a uma grave crise econômica e sanitária, com a pandemia de Covid-19 fora de controle e uma forte escassez de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos, além de cortes de eletricidade rotineiros.