Levantamento do instituto Paraná Pesquisas apontou que 48,4% dos eleitores discordam e 44,7% concordam com decisões do TSE
Um levantamento divulgado nesta terça-feira (13) pelo instituto Paraná Pesquisas apontou que 48,4% dos brasileiros não concordam com as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que deixaram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível. Por outro lado, 44,7% responderam que estão de acordo, e 6,9% não souberam falar ou não opinaram.
Aos eleitores, o instituto perguntou: “O ex-presidente Jair Bolsonaro se tornou inelegível, ou seja, não poderá se candidatar a nenhum cargo político pelo período de oito anos a contar das eleições de 2022. O(A) sr(a) concorda ou discorda com essa decisão?”.
No total, foram ouvidas 2.026 pessoas em 164 municípios de todas as 27 unidades da Federação. A margem de erro foi de 2,2 pontos percentuais.
Na pesquisa, que foi realizada entre os dias 24 e 28 de janeiro deste ano, 55,7% do público masculino discordou das decisões do TSE, contra 38,5% de concordância. Entre o eleitorado feminino, o resultado foi o inverso, com 50,2% das eleitoras tendo aprovado a determinação da Corte Eleitoral, e 41,9% tendo optado por reprovar a decisão.
Na análise por faixa etária, o grupo entre 35 e 44 anos foi aquele que mais discordou do TSE, com 53,8%. A parcela com maior concordância, por sua vez, foi a de eleitores com 60 anos ou mais, com 49,1%.
No quesito escolaridade, aqueles com ensino médio foram os que mais reprovaram a definição da Corte Eleitoral (51,5%), enquanto os eleitores com ensino fundamental foram os que mais concordaram (48,1%).
O instituto também fez o recorte por religião, no qual foi constatado uma ampla discordância da decisão do TSE entre os evangélicos, com 58,3%. Já entre aqueles sem religião, ou de outras religiões que não a católica ou evangélica, foi registrado o maior índice de aceitação da decisão que deixou Bolsonaro inelegível, com 49,1% do público a favor.
Por fim, na análise por regiões do país, o Sul liderou como a área em que os eleitores mais se opuseram ao que foi determinado pela Corte presidida por Alexandre de Moraes, com 59% dos entrevistados tendo respondido que não concordaram com a inelegibilidade de Bolsonaro. O Nordeste, por outro lado, foi a região com a maior anuência ao que foi decidido pelo TSE, com 51,4% de aprovação sobre a decisão.