Corpo celeste gigantesco tem o mesmo diâmetro do asteroide que extinguiu os dinossauros
Um dos maiores cometas já observados está vindo da borda do sistema solar em direção à Terra e deve se aproximar ainda mais nos próximos dez anos. Com 150 km de diâmetro, ele é cerca de 31 vezes maior do que os cometas geralmente vistos pelos astrônomos.
Ele foi detectado pela primeira vez em 2014, mas só agora – sete anos depois – os cientistas foram capazes de identificá-lo. O asteroide que extinguiu os dinossauros também tinha 150 km de diâmetro.
Batizado de Bernardinelli-Bernstein em homenagem aos cientistas que o descobriram, dos quais um brasileiro, ele foi primeiro confundido com um pequeno planeta conhecido como planeta anão.
À medida que se aproxima do nosso planeta, os cientistas poderão observá-lo e aprender mais sobre a formação do sistema solar.
“Temos o privilégio de ter descoberto talvez o maior cometa já visto – ou pelo menos maior do que qualquer um bem estudado – e o flagramos cedo o suficiente para que as pessoas o vissem evoluir à medida que se aproxima e aquece […] Ele não visita o sistema solar há mais de 3 milhões de anos”, disse Gary Bernstein, um dos astrônomos que descobriram o cometa.
O brasileiro Pedro Bernardinelli, da Universidade da Pensilvânia, também participou da descoberta.
A descoberta do cometa, inclusive, foi de uma forma inesperada. A iniciativa Dark Energy Survey, que mapeou de 2013 a 2019 o céu do hemisfério sul, tinha o objetivo de encontrar informação relevante para o estudo da energia escura. A precisão e profundidade do mapeamento, contudo, permitiu também outras utilidades, dentre elas, descobrir o gigantesco corpo celeste.