O presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), ao autorizar o afundamento do porta-aviões São Paulo, na última sexta-feira 3. Lula seguiu a orientação da Marinha.
O naufrágio ocorreu a 350 quilômetros da costa brasileira, em área com profundidade de cerca de 5.000 metros, no Oceano Atlântico. A sucata do porta-aviões foi afundada por um rebocador holandês contratado por um estaleiro turco.
Segundo informações do site Poder 360, Marina Silva queria impedir a operação. Já a Marinha argumentou que “o custo era alto para manter o porta-aviões estabilizado ao longo da costa, e que isso poderia causar ainda mais danos ao meio ambiente.” -Publicidade-
A operação foi feita depois do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) rejeitar um pedido do Ministério Público Federal (MPF), que via grave risco ambiental no naufrágio.
Em nota, a Marinha afirmou que “o procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro.”
A ação causou polêmica, porque a embarcação antiga tem amianto na estrutura, substância com potencial tóxico. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis) questionou os impactos ambientais.
O FIM DA ROTA DO PORTA-AVIÕES
O porta-aviões, de 266 metros de comprimento, foi vendido em 2021 pela Marinha do Brasil a um estaleiro turco especializado em desmanche de navios. Em junho de 2022, o estaleiro obteve autorização das autoridades brasileiras para levá-lo até a Turquia. Quando estava na altura do estreito de Gibraltar, as autoridades ambientais turcas informaram que a embarcação não era bem-vinda.