Nesta quarta-feira (26), o Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse esperar um pedido de desculpas por parte do presidente da Argentina, Javier Milei. Na avaliação do petista, o presidente do país vizinho “falou muita bobagem” a seu respeito. Durante a campanha eleitoral, Milei chamou o líder brasileiro de “comunista e corrupto” e frisou que “por isso” ele “foi preso”.
Em entrevista ao portal UOL, Lula indicou que uma conversa entre ele e o libertário só ocorrerá após esse gesto por parte de Milei.
“Eu não conversei com o presidente da Argentina, porque eu acho que ele tem que pedir desculpas ao Brasil e a mim, ele falou muita bobagem. Eu só quero que ele peça desculpas. A Argentina é um país que eu gosto muito, é um país muito importante para o Brasil, o Brasil é muito importante para a Argentina, e não é um presidente da República que vai criar uma cizânia entre o Brasil e a Argentina”, declarou.
“O povo argentino e o povo brasileiro é maior do que os presidentes e eles querem viver bem, querem viver em paz. Então, se o presidente da República da Argentina governar a Argentina já está de bom tamanho, não tem que governar o mundo”, acrescentou o chefe do Executivo.
Um assunto que envolve ambos os países atualmente são os brasileiros investigados ou condenados pelo 8 de janeiro que se encontram na Argentina. Lula quer que os que já foram condenados sejam extraditados ou cumpram a pena em solo argentino.
“Dos que estão lá, eu não sei o número, cerca de 60 pessoas, você tem uma parte já condenada. Essa parte, tanto o meu ministro [da Justiça, Ricardo] Lewandowski, quanto o Andrei [Passos, diretor] da Polícia Federal e mais o Mauro Vieira, do Itamaraty, estão discutindo para ver o seguinte: se esses caras não quiserem vir, que eles sejam presos lá e fiquem presos na Argentina. Se não, venham para cá”, defendeu.