Ex-presidente garante que é inocente no processo sobre irregularidades na aquisição de caças suecos
O ex-presidente Lula foi à Justiça com a finalidade de anular processos da Operação Zelotes. Na terça-feira 4, o petista solicitou que os procuradores Frederico Paiva e Herbert Mesquita, do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, sejam declarados suspeitos. Conforme a defesa, a denúncia sobre tráfico de influência na compra de caças suecos pela Força Aérea Brasileira é derivada da Lava Jato de Curitiba, “cujos vícios já foram reconhecidos pelo Supremo Tribunal Federal“. O processo movido por Lula se baseia em diálogos atribuídos a procuradores da Lava Jato. As conversas foram obtidas por hackers e cuja autenticidade a Polícia Federal não confirmou, em relatório publicado mês passado.
“As mensagens analisadas mostram que os procuradores sempre tiveram ciência da inocência dos excipientes [Lula e seu filho Luís Cláudio] e, mesmo assim, levaram adiante a acusação, servindo como um braço informal da Lava Jato de Curitiba na cruzada contra eles”, argumentam os advogados do petista, na ação protocolada na Justiça Federal. Para a defesa, os procuradores da Zelotes, assim como os da Lava Jato, “usaram delatores para criar narrativas incriminadoras contra alvos pré-definidos”, como teria ocorrido, segundo eles, no caso do acordo de colaboração premiada do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci. Os advogados sustentam, ainda, que o MPF “fabricou” acusações “insustentáveis” contra Lula.