Lula gastou R$ 140 mil com duas salas de reuniões no Reino Unido

O espaço é capaz de abrigar de dez a 30 pessoas e tem serviço de água e café

A participação do governo brasileiro na cerimônia de coroação de rei Charles III custou alto para os pagadores de impostos. De 26 de abril a 9 de maio, a comitiva liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembolsou R$ 140 mil com duas salas de reuniões no JW Marriot Grosvenor House London Hotel, em Londres.

O espaço é capaz de abrigar de dez a 30 pessoas e tem serviço de água e café. Segundo levantamento feito no Portal da Transparência, os gastos serviram para “hospedagem do escalão avançado e comitiva oficial e técnica” da Presidência da República.

Esse montante é inexpressivo, em comparação aos gastos com hospedagem. O governo brasileiro desembolsou R$ 1,3 milhão com 57 quartos no mesmo hotel. Ao todo, 80 pessoas acompanharam o chefe do Executivo.

A rotina de viagens de Lula

Em outra viagem, desta vez à China e aos Emirados Árabes Unidos, o governo brasileiro gastou R$ 6,6 milhões. A equipe do presidente esteve nos dois países de 12 a 15 de abril.

Só de hospedagem, a comitiva brasileira torrou R$ 3,2 milhões. Para transportar os convidados de Lula, foram gastos R$ 1,3 milhão com o aluguel de carros. Para contratar os intérpretes, o governo federal pagou cerca de R$ 500 mil.

Os gastos da viagem foram obtidos via de Lei de Acesso à Informação. Os valores não incluem o translado aéreo, e os voos foram bancados pela Força Aérea Brasileira.

As despesas foram maiores na China, onde houve desembolso de R$ 5,4 milhões. No último dia de compromissos no país de Xi Jinping, o governo realizou um coquetel na Embaixada Brasileira que custou R$ 130 mil. Nos Emirados Árabes, os gastos totais foram de R$ 1,2 milhão.

Os gastos não se referem somente ao presidente. Incluem também as 73 pessoas, ao menos, que o acompanharam na viagem. A média de custo para cada acompanhante de Lula foi de R$ 90 mil.

Nomes que integraram a comitiva incluem o ministro Fernando Haddad, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e um dos líderes do Movimento Sem Terra, João Pedro Stédile. Sindicalistas também acompanharam a comitiva.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, os números se referem ao que foi apurado até 5 de maio.

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