Fala gerou reação por parte de apoiadores do presidente
O pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atribuiu o assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018, à “gente” do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em evento em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira (1º), o petista insinuou que o chefe do Executivo tem proximidade de milicianos e afirmou que “gente dele não tem pudor em ter matado a Marielle”.
O ex-presidiário disse acreditar que a população não tem abertura para se aproximar e dialogar com Bolsonaro porque, segundo o petista, o chefe do Executivo tem um “lado obscuro”.
“A gente não sabe a qualidade de todos os milicianos dele”, afirmou.
A fala de Lula gerou reação entre aliados do governo. Na noite de quarta, a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) cobrou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a tomar uma atitude contra o que ela classificou como desinformação.
“Ex-presidiário afirma: “Gente do presidente” matou a Marielle. Esse tipo de fake news que pode afetar as eleições será coibido? O pré-candidato Lula será preso ou futuramente será cassado, na remotíssima hipótese de eleito?”, publicou a deputada nas redes sociais.
Na última terça (31), o vice-presidente da Corte eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que os candidatos que veicularem notícias falsas que possam influenciar a tomada de decisão dos eleitores poderão ter suas candidaturas anuladas.
Marielle Franco, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, foi morta junto com seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz estão presos há três anos, acusados de serem os executores do crime.