Lula 3 já perdeu 22% mais vacinas que toda a gestão Bolsonaro

Cinquenta e oito milhões e setecentas mil ampolas tiveram validade vencida, gerando prejuízo de R$ 1,75 bilhão

Dados do Ministério da Saúde obtidos via Lei de Acesso de Informação apontam que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou 58,7 milhões de vacinas perderem o prazo de validade, entre 2023 e este ano. Esse número é 22% maior que toda a quantidade de imunizantes descartada nos quatro anos do governo Jair Bolsonaro (PL). Na gestão do líder conservador, foram 48,2 milhões de imunizantes vencidos.

De acordo com informações do jornal O Globo, como cada ampola perdida continha mais de uma dose, foram 385 milhões de aplicações perdidas, número maior do que as que foram aplicadas na população: 217 milhões.

Os dados indicam ainda que o prejuízo em decorrência do caso atingiu R$ 1,75 bilhão. Trata-se de um recorde desde o segundo mandato (2007-2010) de Lula, quando o valor acumulado nos quatro anos de governo foi de R$ 1,96 bilhão perdido. A título de comparação, com R$ 1,75 bilhão, o governo poderia ter comprado 6 mil ambulâncias para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou 101 milhões de canetas de insulina, que estavam em falta nos postos de saúde no primeiro semestre de 2024.

Em nota, o Ministério da Saúde disse ter inovado no processo de distribuição das vacinas a fim de evitar novos desperdícios. Uma das medidas será adotar a entrega parcelada de vacinas por parte do laboratório que for contratado, por exemplo. A pasta também jogou parte da responsabilidade para o governo anterior, alegando que a nova gestão herdou estoques próximos do fim da validade e “campanhas sistemáticas de desinformação” sobre as vacinas.

Entre os imunizantes descartados na gestão Lula, três em cada quatro eram contra a Covid-19. Também havia ampolas contra o DTP (difteria, tétano e coqueluche), febre amarela e meningocócica.

COMPARTILHAR