O valor já é maior que o registrado no período pré-pandemia
Segundo os dados da consultoria de informações financeiras Economatica, o ganho médio de um conjunto de 291 companhias abertas saltou de quase R$ 70 bilhões, em 2020, para cerca de R$ 230 bilhões, no ano passado — alta de 230%. Em 2019, antes do início da pandemia de covid-19, as empresas lucraram R$ 105 bilhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 1º, pelo jornal Estado de S.Paulo.
“Os valores foram muito significativos, com lucro e receitas crescentes no período. Mesmo isolando 2020, que foi um ano ruim e que tem uma base fraca, o resultado é o dobro do verificado em 2019, antes do coronavírus”, disse o gerente de relação institucional e comercial da Economatica, Einar Rivero.
Commodities em alta
O resultado de 2021 reflete o momento positivo das commodities — principalmente, petróleo e minerais, que estão entre os dez setores que mais lucraram no ano passado.
O setor que mais lucrou em 2021 foi o de energia elétrica. As empresas tiveram um saldo positivo de R$ 52 bilhões (aumento de 16% sobre 2020).
Os números refletem, além de uma recuperação na demanda que caiu no primeiro ano da pandemia, a alta nos preços da energia, já que os aumentos são repassados para a tarifa dos consumidores.
Aviação registrou prejuízo
Ainda de acordo com o relatório da Economatica, quase todos os setores registraram recuperação em 2021, exceto os segmentos de educação, transporte e serviços — este último inclui as companhias de aviação civil, que ainda sofrem os reflexos da pandemia e podem ter mais problemas por causa da alta no preço dos combustíveis. A companhia aérea Gol, por exemplo, registrou um prejuízo de R$ 7 bilhões em 2021 na B3; e a Azul, de quase R$ 5 bilhões.