Em entrevista à Jovem Pan, empresário admite sondagem de partidos para eleições do ano que vem e nega ser ‘chapa-branca’
Luciano Hang, dono das Lojas Havan, admitiu que pode ser candidato a algum cargo público nas eleições de 2022. As declarações do empresário, que é apoiador do presidente Jair Bolsonaro, foram dadas em entrevista à Jovem Pan.
“Vejo tantos candidatos ruins que penso como essas pessoas se candidatam. Nunca tocaram uma birosca, uma máquina de fazer suco de cana, um carrinho de pipoca e são candidatos a presidente, senadores, governadores. São candidatos ruins que não acreditam no capitalismo, no trabalho, na meritocracia como forma de crescimento, e eu fico triste”, afirmou Luciano Hang.
“Pensando nisso, às vezes me dá a vontade de me candidatar e colocar meu nome à disposição dos catarinenses ou dos brasileiros. Falta competência para os nossos políticos que vão para a política para ganhar dinheiro para si, sua empresa ou fazer lobby para outras empresas. Ou seja, para ganhar dinheiro próprio. Temos de pensar em políticos que trabalham por patriotismo e para o nosso país.”
O dono da Havan admitiu ter sido sondado por alguns partidos, mas disse que ainda não tomou uma decisão a respeito da eventual candidatura.
“Não descarto a possibilidade. Em 2018, entrei como ativista político, mas em 2022 eu estou vendo com a minha família, com filhos, com a minha empresa, com meus amigos. Fui convidado para, de repente, ser alguma coisa, mas vou esperar. Tenho até abril do ano que vem, vou fazer consultas aos meus amigos que estão na política e foram para lá para melhorar o país”, disse Hang. “Estou pensando, antes eu nem pensava. Não quer dizer que eu vou ser, posso continuar como ativista ou, de repente, posso colocar meu nome à disposição dos brasileiros.”
Luciano Hang e Bolsonaro
Na entrevista à Jovem Pan, Luciano Hang fez elogios ao governo Bolsonaro, mas disse que não é “chapa-branca” e já fez críticas ao presidente. “Eu sou um empresário patriota e que torce pelo Brasil. Eu quero as reformas, privatizações, menos burocracia, menos ‘ecochatos’. Em 2018, eu só fiquei ao lado de Bolsonaro a partir de agosto. Eu falei em janeiro que eu era um ativista político, falei com vários candidatos a presidente, e, no dia 17 de agosto, eu apoiei o presidente Bolsonaro”, recordou.
“Todas as vezes em que o Bolsonaro quer fazer alguma reforma, eu me posiciono. E também sou contra. Por exemplo, desde 2019 eu bato que o Bolsonaro está errando no horário de verão. Parece uma coisa simples, mas tenho contato com presidentes de associações de bares e restaurantes, de hotéis, de turismo, e é um tiro no pé contra o emprego de todas essas categorias. Já me manifestei várias vezes, e não sou chapa-branca para dizer amém para tudo o que o governo Bolsonaro faz”, completou Luciano Hang.