O caso gerou grande polêmica
Uma mulher transgênero venceu a Maratona de Londres ao cruzar a chegada à frente de 14 mil mulheres biológicas. Glenique Frank, 54 anos, de Northamptonshire, é maratonista e, na maratona de novembro do ano passado, correu como um homem usando o nome de Glen.
Ao disputar com mulheres de 50 a 54 anos uma corrida de 42 quilômetros, a atleta trans fez todo o percurso em 4 horas, 11 minutos e 28 segundos.
De acordo com o Daily Mail, a corrida aconteceu em abril e Glenique gritou frases como “poder feminino” e “vou ser vovó”, enquanto conversava com jornalistas na Tower Bridge.
A vitória de uma mulher trans causou grande polêmica. Até mesmo a atleta olímpica Mara Yamauchi, a terceira maratonista feminina mais rápida da história da Grã-Bretanha, criticou os organizadores por permitir que Frank se beneficiasse de uma brecha na Maratona de Londres.
Ao comentar a polêmica, porém, Frank desdenhou e disse que não pedirá desculpas. “Se eles realmente acham que roubei o lugar [de uma corredora], não me importo de devolver a medalha, porque ano que vem voltarei a correr em prol da caridade. Mas eu não quero me desculpar, porque eu não fiz nada de errado”, revelou.
As corridas de elite da Maratona de Londres estão sujeitas às regras do Atletismo Mundial, que exclui mulheres transgênero da competição feminina de elite, caso elas tenham passado pela puberdade masculina. No entanto, o evento de massa, que contou com 48.500 corredores de todo o mundo, não está sujeito às regras do Atletismo Mundial.