Livre, Eduardo Cunha volta às redes sociais

Retorno acontece após a revogação das prisões preventivas que vigoravam contra ex-presidente da Câmara

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ), voltou a administrar seu twitter neste domingo, 9. O retorno acontece após a revogação das prisões preventivas que vigoravam contra ele. Desde 2020, o emedebista cumpria pena em regime domiciliar por causa da pandemia.

Eduardo Cunha ainda aproveitou para escreveu uma mensagem de Dia das Mães: “Hoje além de tudo é um dia especial. Eu quero cumprimentar a todas as mães pelo dia de hoje. Só quem já não pode mais conviver com a sua, sabe o sentimento que toca no nosso coração. Feliz dia das mães”, tuitou.

“Bom dia a todos. Estou retornando a usar as mídias sociais e quero agradecer todas as manifestações de carinho recebidas dos muitos amigos e daqueles que torcem por mim”, escreveu o ex-deputado.

Desde sua prisão, em outubro de 2016, a conta de Cunha na rede vinha sendo mantida pela filha do político, Danielle Cunha. Alvo de processos em investigações anticorrupção, Cunha estava preso graças a pedidos de prisão preventiva em diferentes investigações.

Histórico

O primeiro pedido, que era referente a investigações da Operação Lava Jato, foi derrubado em 28 de abril pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O TRF julgou um recurso da defesa do deputado cassado, mais de três anos depois de ter referendado sua condenação em primeira instância, proferida pelo então juiz Sérgio Moro na Justiça Federal de Curitiba.

O segundo pedido de prisão, referente à Operação Sepsis e que havia sido decretado em 2017, foi derrubado na quinta-feira, 6, pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Bello sustentou que, após um ano da prisão domiciliar de Cunha, não viu necessidade de manter a prisão preventiva, que era a última barreira para que o político se visse livre.

No primeiro caso, Cunha foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas envolvendo a compra de um campo de petróleo na África pela Petrobras – a pena havia sido reduzida a 14 anos e 6 meses de prisão na segunda instância. No segundo, ele foi alvo da Sepsis, desdobramento da Lava Jato que investigou desvios do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), gerido pela Caixa Econômica Federal.

Apesar de as prisões terem sido revogadas, foram mantidas as restrições a viagens internacionais. Cunha responde aos processos em liberdade.

Com informações do Estadão Conteúdo

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