Presidente da Câmara disse que vai convocar “reunião de líderes para discutir a política de preços” da empresa
Na noite desta quinta-feira (16), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disparou críticas contra a Petrobras em virtude da possibilidade de um novo aumento no preço dos combustíveis. Para o parlamentar, a empresa “age como amiga dos lucros bilionários e inimiga do Brasil”.
Ele ainda pretende discutir a política de preços da Petrobras com líderes partidários na próxima segunda-feira (20).
O conselho de administração da empresa se reuniu na tarde desta quinta. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, os conselheiros autorizaram a empresa a anunciar um reajuste nos combustíveis nesta sexta-feira (17).
Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicaom), na comparação com os preços internacionais, a defasagem do diesel chega a 18% e a da gasolina chega a 14%.
O último reajuste promovido pela Petrobras ocorreu em 9 de maio. Na ocasião, apenas o diesel sofreu o aumento, que subiu 8,9% nas refinarias. Já a gasolina foi reajustada em março, pouco depois do início da Guerra na Ucrânia. Na época, o preço subiu 18,7%.
Lira fez as críticas em sua conta do Twitter.
“A República Federativa da Petrobras, um país independente e em declarado estado de guerra em relação ao Brasil e ao povo brasileiro, parece ter anunciado o bombardeio de um novo aumento nos combustíveis. Enquanto tentamos aliviar o drama dos mais vulneráveis nessa crise mundial sem precedentes, a estatal brasileira que possui função social age como amiga dos lucros bilionários e inimiga do Brasil. Na segunda feira, estarei convocando uma reunião de líderes para discutir a política de preços da Petrobras. Política da Petrobras, que pertence ao Brasil e não à diretoria da Petrobras”.
Nesta quinta-feira (16), em sua tradicional live pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro criticou um possível reajuste de preços por parte da Petrobras. Para ele, a medida é uma “maldade” e tem “interesse político da Petrobras para atingir o governo federal”.