“Tem muita gente que acha que eu não deveria estar aqui”, disse o cantor
O cantor Leonardo Gonçalves foi um dos vários artistas que se juntaram no Ato pela Terra, liderado pelo cantor Caetano Veloso, nesta quarta-feira (9), em Brasília. No palanque, Leonardo se apresentou como cantor evangélico, mas que “não representa todos os evangélicos do Brasil”.
“Tem muita gente que acha que eu não deveria estar aqui. Eu não me arvoro a falar em nome de todos os evangélicos, eu não represento os evangélicos do Brasil. Agora, os evangélicos que estão no Congresso também não. Eles também não representam os evangélicos do Brasil”, disse.
Leonardo leu um texto de cada livro do extremo oposto da Bíblia Sagrada: Gênesis e Apocalipse. Para ele, muitos cristãos defendem que “dominar a terra é invadir a Amazônia”, mas não é a esse domínio que os textos se referem.
“A pauta ambiental é, em essência, uma pauta cristã”, declarou o cantor, que classificou o dia como “um dia de esperança”.
O Ato pela Terra contra o Pacote da Destruição, liderado pelo cantor e compositor Caetano Veloso, incluiu a entrega de um documento à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e uma carta ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
No documento entregue ao STF, mais de 40 artistas pedem a atenção da Corte para projetos que miram a abertura das terras indígenas para todo tipo de empreendimento. E também, restrições para novas demarcações, flexibilização de licenciamento ambiental, anistia para grileiros de terras na Amazônia e ampliação no uso de agrotóxicos.