Leilão do 5G rende R$ 7 bilhões no primeiro dia e continua nesta sexta-feira

Governo espera arrecadar até R$ 50 bilhões ao final do processo, dos quais R$ 10 bilhões vão ficar nos cofres públicos

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai abrir nesta sexta-feira, 5, as propostas às empresas para a faixa de 26 giga-hertz. Na primeira etapa, realizada na última quinta, 4, as três maiores operadoras de telefonia do país ficaram com os principais lotes. A Tim, a Claro e a Vivo arremataram as principais faixas de frequência do serviço 5G. A Winity Telecom, que ainda não operava no Brasil, ficou com um lote do 5G e vai passar a oferecer o serviço de telefonia móvel em todo o país.

Somente o primeiro dia do leilão rendeu cerca de R$ 7 bilhões de reais em arrecadação. O governo está leiloando quatro faixas de transmissão de dados que estão divididas em lotes nacionais e regionais, duas faixas para o serviço de 5G e outras duas para o serviço de 4G. Essas faixas funcionam como se fossem ruas para o tráfico de dados.

As operadoras vencedoras do leilão vão poder explorar o serviço por 20 anos. A expectativa do governo é fechar esse leilão em R$ 50 bilhões, R$ 10 bilhões ficam nos cofres públicos e os outros R$ 40 bi vão ser usados pelas próprias empresas que arremataram as faixas para investirem em conectividade e infraestrutura.

O presidente da Anatel, Leonardo de Moraes, de saída do cargo, disse que o leilão revoluciona as telecomunicações no país. “Uma nova era em termos de soluções e possibilidades de ganhos de produtividade, sem os quais não há crescimento econômico sustentável”, afirmou. As empresa ganhadoras do leilão terão que fazer diversas melhorias na rede de internet do país, como levar o 5G a 95% das áreas urbanas daqueles município que não têm o serviço e instalar cabos de fibra óptica na Amazônia, por meio dos rios da região.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ressaltou que a chegada do 5G na Amazônia vai ajudar a eliminar fake news sobre a região. “Uma das idas minhas ao Amazonas, eu estava com o Fábio Faria, passamos em duas comunidades indígenas, a dos Tukanos e Ianomâmis. E o que eles pediram para nós foi internet. E quando a gente tiver os nossos irmãos indígenas com internet, eles vão começar a fazer matéria da Amazônia e mandar ‘para fora’. Não vai ser só aquela fábrica de fake news que nós temos aqui no Brasil, o pessoal sabe onde funcionam as fábricas, difamando a nossa pátria, desinformando”, disse.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, destacou o impacto da tecnologia para o agronegócio, que vai gerar crescimento econômico para todo o país. “O agronegócio necessita do 5G. O 5G vai crescer entre 10% e 20% ao ano e 26% do PIB brasileiro vem do agro. Então está na hora da gente rever o PIB para o ano que vem, para os próximos 10 anos no Brasil, porque se só o agro crescer mais 10% a gente vai crescer mais 2,5 do PIB com o 5G.

Fonte: Jovem Pan

COMPARTILHAR