Receituário médico apontou que a artista utilizava 17 substâncias, que incluíam de antidepressivo a redutor de apetite
Um laudo indicando fatores que teriam causado a morte da cantora Paulinha Abelha foi divulgado neste domingo (6), pelo programa Domingo Espetacular, da Record TV. No documento, médicos que dirigem o primeiro hospital onde a cantora ficou internada apontaram que artista foi diagnosticada com insuficiência renal e hepática agudas, além de um quadro de meningoencefalite.
Ainda de acordo com o jornalístico dominical, a partir de informações presentes na certidão de óbito de Paulinha, foram quatro os motivos elencados como responsáveis pelo falecimento da artista no último dia 23 de fevereiro: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.
O primeiro motivo citado é uma inflamação do cérebro e dos tecidos vizinhos que, geralmente, é causada por uma infecção. No caso de Paulinha, o quadro infeccioso ainda tem a origem investigada. Outro documento, chamado painel toxicológico, que testou 12 substâncias psicoativas, encontrou a presença de duas delas no corpo da artista: anfetaminas e barbitúricos.
Além disso, o Domingo Espetacular ainda apresentou um receituário médico emitido pela nutróloga que atendia Paulinha. Na receita, havia uma lista de 17 substâncias que seriam utilizadas pela cantora, que incluíam um antidepressivo, um redutor de apetite, calmantes naturais, estimulantes, e uma fórmula cuja promessa era de reduzir medidas contendo a erva garcinia cambogia.
Um dos medicamentos receitados para a artista era o Venvanse, um tarja preta comumente usado no tratamento do Transtorno do Deficit de Atenção (TDAH), mas que pode apresentar efeitos adversos que incluem redução de apetite, perda de peso, náuseas e vômito.
Já a garcinia cambogia, presente na tal fórmula que seria utilizada para reduzir medidas, é considerada por especialistas como “potencialmente hepatotóxica”. Na prática, isso significa dizer que ela possui substâncias químicas que podem vir a causar danos ao fígado, que podem levar até mesmo à hepatite fulminante.
Os barbitúricos, que também foram encontrados no corpo da cantora, por sua vez, são geralmente utilizados como sedativos, inclusive em ambiente hospitalar, para evitar convulsões. O momento em que eles foram ministrados e a influência deles no corpo da artista ainda estão sendo investigados.
SOBRE A MORTE DA CANTORA
Paulinha morreu no dia 23 de fevereiro após ficar 12 dias internada em hospitais de Aracaju (SE). A artista chegou a ficar em um estado de coma profundo. E, de acordo com a equipe médica que a acompanhava, ela teve um agravamento rápido de lesões neurológicas que levaram à morte cerebral. Na véspera da morte, médicos relataram que ela estava no nível mais grave do coma.
Dois dias antes de ser internada, em 9 de fevereiro, Paulinha participou do podcast Podpah, em São Paulo, acompanhada dos companheiros da banda Calcinha Preta. Na ocasião, ela revelou ter sentido um “desmaio” momentos antes de entrar no ar.