Juíza toma decisão radical e liberta bandido que atirou na cabeça de policial

A magistrada entendeu que, ao disparar contra os policiais (e na direção deles), o criminoso não tinha a intenção de matá-los, nem assumiu esse risco

Em uma decisão de causar náuseas aos operadores do direito e cidadãos de bem brasileiros, a juíza Paula Cardoso Esteves, da 1ª Vara Criminal de Rio Grande, revogou a prisão preventiva do criminoso que atirou na cabeça da policial Laline Almeida Larratéa, 36 anos, da 3ª DP de Rio Grande, no dia 01/04/2022.

O atentado contra a policial ocorreu no bairro Querência, na praia do Cassino, durante o cumprimento de 25 ordens judiciais, sendo 19 mandados de busca e apreensão e outros cinco mandados de prisão, da segunda fase da operação Bloqueio. Na época, o alvo da ação foi uma facção criminosa que atua no tráfico de drogas na região e é liderada por um apenado da Penitenciária Estadual de Rio Grande.

O vice-presidente da UGEIRM (Sindicato dos Policiais Civis do RS), Fábio Castro, declarou a imprensa:

“Nós recebemos com muita estranheza essa decisão. Isso causou uma revolta muito grande, porque a colega foi ferida gravemente e por muito pouco não perdeu a vida. Isso causou sequelas físicas e emocionais muito graves na colega e na equipe que estava junto”.

Compreensivelmente frustrado, ele continuou:

“Isso faz com que se crie e se estabeleça uma sensação de desânimo. A nossa vida é que está em risco. Quando esse tipo de situação ocorre, tem que ser punida de acordo com a lei obviamente, mas de forma exemplar para que, em outras situações, os bandidos não se sintam estimulados a reagir em uma abordagem policial. Afinal de contas, disparar contra um agente da lei é uma clara tentativa de homicídio. Isso nos entristece, porque a gente dedica a nossa vida, que é o bem maior, em defesa da sociedade, então nós temos que ser preservados”.

Os policiais chegaram à residência de um dos alvos com o mandado em mãos, de maneira evidente, com sirenes ligadas, identificação visual nas viaturas, nas vestimentas e nos coletes balísticos, além de anunciar em voz alta “polícia, polícia”, mesmo assim o sacripanta Anderson Fernandes Lemos disparou diversas vezes contra os policiais.

Policial Civil Laline Almeida Larratéa, 36 anos, da 3ª DP de Rio Grande do Sul

Os tiros efetuados pelo criminoso atingiram a cabeça da policial civil Laline Almeida Larratéa. A Policial tem fortes sequelas neurológicas e se encontra usando fraldas em razão dos problemas oriundos do disparo.

Numa pirueta retórica, a juíza entendeu que, ao disparar contra os policiais (e na direção deles), o criminoso não tinha a intenção de matá-los, nem assumiu esse risco.

Não? A bandidolatria não conhece limites no Brasil.

Com informações do JCO

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