Juiz afastado da Lava Jato recorre ao Conselho Nacional de Justiça para voltar ao cargo

Appio é acusado de ameaçar filho de desembargador

Afastado de suas funções à frente dos processos da Operação Lava Jato, em Curitiba, o juiz Eduardo Appio vai apresentar um pedido ao corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, para que suspenda a determinação liminar que o retirou da 13ª Vara Federal de Curitiba.

A defesa de Appio — Pedro Serrano, Rafael Valim e Walfrido Warde — apresentou o pedido depois que o juiz foi afastado do cargo. No documento, os advogados vão solicitar que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realize uma análise extraordinária na 13ª Vara Federal para apurar o que ocorre com os processos da Lava Jato.

O afastamento do então juiz da Lava Jato se deu porque o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) apura a suposta ameaça feita por Appio ao filho do desembargador federal Marcelo Malucelli.

A atuação de Eduardo Appio diante da Lava Jato

Appio sempre atuou de maneira antagônica à do ex-juiz Sergio Moro, que o antecedeu como titular da 13ª Vara Federal. No cargo, o agora senador condenou dezenas de empresários e políticos, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O juiz afastado reverteu muitas decisões da Lava Jato e ouviu novamente o ex-ministro Antonio Palocci, com o objetivo de verificar “excessos e erros” da operação. Palocci teve a liberação de R$ 35 milhões que anteriormente estavam bloqueados.

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