Defesa de Aziz disse que o senador é vitima de calúnia e difamação por parte de Arthur Virgílio Neto, ex-prefeito de Manaus
O juiz Renato Coelho Borelli, da 15ª Vara Federal Criminal de Brasília, aceitou nesta sexta-feira, 19, uma queixa-crime por calúnia e difamação movida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) contra o ex-prefeito de Manaus (PSDB-AM) Arthur Virgílio Neto.
Na prática, a decisão formaliza a abertura de uma ação penal contra o tucano. A denúncia deriva de publicações do ex-prefeito nas redes sociais.
Em agosto, no auge da CPI da Covid, Virgílio disse no Twitter que o senador, que era o presidente do colegiado, cometeu crime ao supostamente vazar documentos sigilosos.
“Está claro que ele cometeu um crime. Aliás, é uma vida permeada pelo cometimento de crimes. Foi esse o papel que ele foi fazer na CPI: prender um sargento da reserva, se acovardar diante de um general da ativa e distribuir documentos sigilosos para fazer mídia, fazer política”, tuitou.
Em julho, Virgílio também fez uma série de postagens no Instagram contra Omar Aziz.
“Omar Aziz é uma das pessoas mais perversas que já conheci. Ele nunca mostra a cara, porque se alimenta de um cardápio bizarro, realmente cruel: a intriga. A pedido de sua mãe, respeitável e querida senhora, aceitei, acreditando somente nela, envolver-me na luta da CPI da Pedofilia. Minha não interferência seria sua morte política, uma dura condenação penal e a desmoralização completa”, escreveu.
Virgílio ainda afirmou que Aziz é uma uma pessoa que “não é de trabalho”, que é “incapaz de ler um livro” e, ainda, que, “quando se sente com poder, vira um grosseirão sem o menor respeito por quem esteja hierarquicamente abaixo dele. Um bifronte, que não tem amigos, tem apenas instantes de amizade”. Ele ainda chamou o senador de “pessoa doente”.
Defesa de Arthur Virgílio
“A defesa de Arthur Virgílio Neto reitera que, em 43 anos de vida pública, este jamais praticou crime algum, muito menos aquele imputado pelo senador Omar Aziz. Muito pelo contrário, a queixa-crime ajuizada, em verdade, revela evidente tentativa de silenciá-lo e, por via de consequência, fazer letra morta o tão caro direito constitucional de livre manifestação. Arthur Virgílio aguarda serenamente a rejeição da ação, tão logo seus advogados apresentem sua defesa.”