A Jovem Pan divulgou um editorial defendendo-se dos ataques do jornal Folha de S.Paulo e da revista Piauí. Recentemente, os dois veículos de comunicação, membros do consórcio de imprensa, publicaram reportagens contra a emissora.
Em uma notícia, a Folha acusou a emissora de tornar-se “a voz do bolsonarismo”, de aumentar a própria receita com verbas do governo federal e de receber tratamento privilegiado do YouTube — a big tech estaria sugerindo os vídeos da emissora com frequência para os usuários da plataforma.
Dias antes, a Piauí publicou um texto intitulado “A Jovem Pan e o golpe”, com supostas informações sobre a vida do dono da emissora, o dia a dia da redação e sugeriu que os funcionários são obrigados a votar no presidente Jair Bolsonaro.
“O grupo Jovem Pan repele, enfaticamente, as falsidades divulgadas em suspeita parceria pela revista Piauí e pela Folha”, informou editorial da emissora, emitido na segunda-feira 19. “Ao contrário do que afirmam a publicação semiclandestina que se arrasta em menos de 30 mil exemplares e o jornal decadente, as relações entre a Pan e o YouTube são normais.”
O editorial lembra que o YouTube “desmentiu o conteúdo das supostas reportagens” e ressalta a baixa tiragem da concorrência. “Os ataques derivam da indignação provocada em tais publicações pelo sucesso de uma instituição que já completou 80 anos de existência”, afirmou a Jovem Pan. “É compreensível o inconformismo da Folha, reduzida a 60 mil exemplares por dia. A Jovem Pan, em menos de um ano, já se consolidou como o segundo maior canal de notícias e vai se aproximando da liderança.”
A Jovem Pan garantiu que seus comentaristas têm liberdade total para opinar e que “admite várias opiniões, diferentemente da Folha”. Sobre o suposto recebimento de verbas, a Jovem Pan disse que a concorrência “parece sofrer de abstinência decorrente de decisões do governo”.
“Já a revista Piauí sobrevive graças à milionária doação do banqueiro a quem pertence”, observou o editorial. “Em vez de sonhar com o desaparecimento de uma instituição jornalística brasileira, a Folha e a Piauí deveriam cuidar dos males que vêm acelerando a sua decadência.”