Emissora fala em ‘acusação genérica’ e afirma que objetivo do relator da CPI da Covid é ‘cercear a liberdade de imprensa no Brasil’
Alvo de um pedido de quebra de sigilo bancário apresentado pelos senadores Humberto Costa (PT) e Renan Calheiros (MDB), relator da CPI da Covid, a Jovem Pan reagiu, em nota oficial divulgada na noite de domingo 1º. No comunicado, a emissora afirma que “pedidos do gênero são injustificáveis”.
“Os balanços da Jovem Pan são publicados anualmente no Diário Oficial. Para que não restem dúvidas quanto à transparência do comportamento da Jovem Pan, republicamos os balanços em nosso site”, diz a rádio.
No texto, a emissora lembra ainda que a acusação de Calheiros “não se enquadra no fato determinado para a criação da CPI”.
“Diferentemente do que afirma Calheiros, a história da Jovem Pan comprova que, ao longo de seus 77 anos de existência, a empresa jamais disseminou fake news. Os profissionais da Jovem Pan divulgam fatos e os analisam segundo diferentes pontos de vista. O autor do pedido não especifica quais profissionais disseminaram notícias mentirosas e em quais programas isso teria ocorrido. Fica claro, portanto, que se trata de uma acusação genérica que tem por única finalidade cercear a liberdade de imprensa no Brasil”.
Em seu pedido, o senador alagoano acusa a Jovem Pan de de ser “protagonista na divulgação das chamadas fake news” sobre a pandemia de covid-19. O objetivo da quebra de sigilo, segundo Calheiros, seria analisar as contas da empresa a partir de 2018, para descobrir se a emissora recebeu aportes financeiros após a pandemia e estabelecer um paralelo com base nos anos anteriores ao surgimento da covid-19.