Apesar de sua rejeição recorde de 65%, Doria segue acreditando que os paulistas são trouxas
Ontem, no Twitter, João Doria anunciou, jactante, que “zerou impostos de medicamentos para hemodiálise, HIV e câncer, e de equipamentos e insumos destinados às entidades beneficentes [do setor da Saúde, como as Santas Casas]”. Mas o Calças Apertadas está omitindo muita coisa dessa história…
Em janeiro, ele aumentou os impostos de diversos itens, entre eles os medicamentos genéricos, que também são utilizados por vítimas de câncer. Doria voltou atrás apenas no dia 15 de janeiro, pela grande pressão da indústria e principalmente dos produtores rurais, que fizeram carreatas com tratores por todo o interior de São Paulo, no dia 7 de janeiro.
O deputado estadual Frederico d’Avila, ele próprio um produtor rural e que ajudou a organizar os tratoraços, disse em suas redes sociais que João Doria é um “picareta, um Duas Caras, que arranca as pernas para depois dar muletas”.
E o deputado explicou, também, que além de Doria ter aumentado o ICMS de 32 equipamentos médicos de 0% para absurdos 18%, “isso tudo ainda veio depois do corte de R$ 820 milhões na Saúde para o orçamento de 2021”. E entre esses cortes, estavam os R$ 80 milhões que o governador retirou das Santas Casas. Ora, o que adianta isentar ICMS de equipamentos destinados às Santas Casas, se um ano atrás, ela tinha mais verbas, e muitos desses equipamentos tinham 0% de ICMS (ou seja, eram isentos)?
A boa notícia é que quase ninguém acredita no marketing de João Doria, que segundo as últimas pesquisas, atingiu uma rejeição de incríveis 65% dos paulistas. As mesmas pesquisas colocam Doria com menos de 5% para as eleições presidenciais, e caso ele decida de última hora concorrer para a reeleição no governo estadual, as projeções também não são nada boas: segundo a Atlas Consultoria, Doria está atrás de Haddas, Skaf e o nosso querido Abraham Weintraub. Jajá chega a hora de dar Tchau pro Calças Apertadas!