A deputada estadual mais votada do país escolhe a nova legenda, depois de não conseguir emplacar candidatura avulsa
A deputada estadual Janaina Paschoal anunciou nesta segunda-feira, 21 que se filiou ao Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) para as eleições deste ano. No pronunciamento por meio das redes sociais, a parlamentar confirmou a candidatura ao Senado por São Paulo.
Janaina justificou a escolha pela nova sigla e lamentou o insucesso na incursão pela candidatura avulsa, uma bandeira empunhada durante seu ciclo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
“Faltam 10 dias para encerrar o prazo de filiação daqueles que pretendem concorrer às eleições deste ano”, afirmou Janaina, em sua conta no Twitter. “Dado que nosso sistema infelizmente não admite as candidaturas avulsas, cumprir esse requisito se revela essencial. Eu me filiei ao PRTB para concorrer ao Senado por São Paulo.”
“O PRTB defende os valores pelos quais lutamos desde 2013″, acrescentou a parlamentar. “Trata-se de uma sigla sem fundo partidário e sem tempo de TV. É mais difícil, mas vale analisar a possibilidade. Fica feito o convite! Converse com o dirigente do seu Estado, fale de sua pretensão, peça garantia de legenda.”
Nas eleições de 2018, impulsionada pela coautoria do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff dois anos antes, Janaina Paschoal recebeu mais de 2 milhões de votos como candidata à Alesp.
Desta forma, a professora de Direito se tornou a deputada mais votada da história no país, na oportunidade representando o Partido Social Liberal (PSL), o mesmo pelo qual Jair Bolsonaro venceu o pleito para a Presidência da República.
Perfil conservador
Em entrevista ao site da Revista Oeste em fevereiro, Janaina discorreu sobre seu perfil político que espera apresentar ao eleitor paulista no segundo semestre.
“Sou conservadora do ponto de vista jurídico”, disse. “Eu procuro manter um pensamento coerente, mas mesmo na faculdade as pessoas nunca conseguiram me encaixar. Por exemplo, eu sempre fui contrária a legalizar a venda das drogas. Lembro que surgiu um projeto absurdo aumentando a pena por tráfico de um modo absolutamente desproporcional. O fato de eu ser contrária à legalização fazia com que as pessoas achassem que eu seria favorável a uma pena absurda, mas eu sou uma pessoa ponderada, e esse não foi o caso.”