Presidente voltou a fazer críticas ao atual presidente do TSE
Em meio a mais um embate com o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o ministro Edson Fachin na manhã desta quarta-feira (8) durante um almoço com empresários no Rio de Janeiro. Bolsonaro chamou Fachin de advogado do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de marxista-leninista.
“Fachin é marxista-leninista. Advogado do MST. Esse mesmo ministro, o Fachin, semana passada se reuniu com dezenas de embaixadores. Quem trata de política externa sou eu e o ministro Carlos França. Isso é um crime que ele fez”, disse.
O presidente voltou a afirmar que não irá cumprir decisão do STF, em caso de aprovação do novo marco temporal sobre a demarcação de terras indígenas.
“Decisão do Supremo não se discute, se cumpre. É isso? Eu sou o capitão. E se eu chegar para o cabo na beira do abismo e disser: “Salte”. Eu tenho duas alternativas se passar isso aí [marco temporal]: Entrego as chaves para o Fux ou falo que não vou cumprir”, disse.
Na terça (7), Bolsonaro disse que era do tempo em que decisões do Supremo eram cumpridas sem qualquer discussão, mas que atualmente não é mais. De acordo com ele, os ministros da Corte querem prejudicá-lo.
“Eu fui do tempo em que decisão do Supremo não se discute, se cumpre. Eu fui desse tempo. Não sou mais. Certas medidas saltam aos olhos dos leigos. É inacreditável. Querem prejudicar a mim e prejudicam o Brasil”, apontou.
Ao falar sobre o processo eleitoral deste ano, Bolsonaro disse que espera que as eleições sejam “limpas e transparentes”, mas disse que “duvida” de quem está “por trás das máquinas”, em referência à urna eletrônica.
“De máquina, eu não duvido. Mas de quem está atrás da máquina, eu posso duvidar. Todos nós queremos eleições limpas e transparentes”, completou.