Israel avalia represália a ataques do Irã, e EUA pedem “cautela”

Gabinete de guerra reuniu-se para discussão

O presidente norte-americano, Joe Biden, pressionou, neste domingo (14), por uma resposta diplomática internacional e pediu cautela ao governo de Benjamin Netanyahu após os ataques sem precedentes do Irã a Israel, na noite do último sábado (13). O governo dos Estados Unidos tenta impedir que as hostilidades se transformem numa guerra aberta que poderia envolver todo o Médio Oriente e arrastar os EUA.

Desde a noite do último sábado, segundo o jornal The New York Times, Biden e sua equipe têm alertado Israel de que sua defesa bem-sucedida contra os ataques aéreos iranianos, que causaram danos mínimos, constituiu uma grande vitória estratégica e o país não precisa necessariamente revidar.

A intercepção de quase todos os 330 drones e mísseis disparados contra Israel demonstrou, segundo o governo Biden, que o país saiu na frente no seu confronto com o Irã e que provou aos inimigos a sua capacidade de se proteger juntamente com os aliados norte-americanos.

Não ficou claro se o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e seu governo concordaram. O gabinete de guerra de Israel reuniu-se neste domingo para discutir possíveis respostas.

Embora os membros do gabinete não tenham emitido uma declaração formal, uma fonte israelense familiarizada com as discussões indicou ao NYT que Israel responderia sem dúvida, e que o Irã pagará o preço de suas ações “no momento certo”.

Os militares ainda precisam detalhar as opções possíveis, segundo a fonte.

As autoridades israelenses anunciaram neste domingo, porém, que relaxariam as restrições às atividades educacionais e às grandes reuniões que foram decretadas antes do ataque, uma possível indicação de que não esperam que o confronto se agrave por enquanto.

Segundo militares israelenses, 99% dos drones e mísseis balísticos e de cruzeiro foram derrubados graças à coordenação com EUA, Reino Unido e Jordânia. O ataque foi sinalizado a países da região, incluindo Turquia, com 72 horas de antecedência.

Esses países, por sua vez, avisaram aos EUA e houve tempo hábil de preparar as defesas aéreas de Israel. Enquanto o Irã declarava que havia concluído seus ataques com sucesso, Israel celebrava o fato de ter conseguido repelir a ofensiva.

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