Invasões do MST começam a se espalhar pelo Brasil e fazendeiros já tem prejuízo milionário (veja o vídeo)

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), comandado por João Pedro Stédile, invadiu uma fazenda na Chapada Diamantina, no final de semana que antecedeu o feriado do Dia dos Finados (2).

A fazenda em questão é a Redenção e pertence à Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa) que, por sinal, também não está falida e nem é propriedade abandonada como alegou o MST nas redes sociais.

A Ferbasa teve receita líquida avaliada em R$ 769,5 milhões até o terceiro trimestre deste ano e o lucro líquido ficou em R$ 277,3 milhões.

Em nota, a empresa explicou que a Fazenda Redenção possui 580 hectares e que os invasores acamparam em uma área equivalente a 5 hectares; onde se desenvolvia projetos de silvicultura, pastagem e manejo bovino e até comodato para produtores locais de leite.

“Ratificamos que, diferente do que foi transmitido pela citada organização aos órgãos de imprensa, o imóvel objeto do esbulho não somente integra o rol de projetos de silvicultura da Companhia que se encontram em pleno desenvolvimento na região, mas também beneficia a comunidade local, através da cessão em comodato para uma associação local de produtores de leite, que utiliza parte do citado imóvel para pastagem e manejo bovino, refletindo a atuação consciente da FERBASA em prol do desenvolvimento socioeconômico das comunidades do entorno das regiões onde mantém suas atividades.”

A Companhia de Ferro explicou que a invasão à fazenda trouxe prejuízos significativos para a economia local e para os agricultores que vivem na região. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) completou a declaração da empresa afirmando que a produção de leite no estado atingiu um volume avaliado em 159,9 milhões de litros e registrou um aumento de 14,8% em 2021. Dados que comprovam que o imóvel estava regular e em plena atividade.

Embora tenha reiterado que “preza pela austeridade” nos seus negócios, a Ferbasa sabe que está diante de uma “instabilidade ou insegurança no que tange à sua saúde financeira”, porque, se aguardar pela Justiça, o processo vai demorar. É que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, determinou que as desapropriações sejam “humanizadas”; o que pode levar anos ou décadas para o restabelecimento do direito dos proprietários.

Até lá, os produtores fazem o que podem para se defender. Esta foi a 17ª invasão do MST na Bahia e o presidente eleito Lula (PT) já disse que o movimento será “protagonista” em seu governo. É o caos voltando… Que situação!

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